A aplicação de vacinas para alergia é chamada de imunoterapia alérgeno específica. Consiste na introdução de mínimas porções da substância a que a pessoa é alérgica, de modo progressivo e contínuo, até o organismo não reagir mais de forma anormal àquela substância (antígeno), ou seja, até o organismo adquirir tolerância.
Assim, a imunoterapia específica é uma boa opção de tratamento para pessoas com doenças alérgicas como rinite alérgica, conjuntivite alérgica, asma alérgica, dermatite atópica, reações alérgicas ao veneno de picada de insetos ou outras doenças de hipersensibilidade mediadas por IgE.
A vacina contra alergia deve ser produzida para cada pessoa, de forma individual. Ela pode ser aplicada em forma de injeção ou em forma de gotas debaixo da língua (sublilngual).
Em tempos de COVID-19, a ASBAI (Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia) orienta:
Pacientes em uso da imunoterapia seja injetável ou sublingual PODEM MANTER o tratamento! No caso das injetáveis, se possível, converse com seu especialista para tentar espaçar as doses de aplicação e agendar as aplicações com horário marcado para evitar aglomerações.
Pacientes NOVOS - NÃO INICIAR neste momento, exceto em caso de anafilaxia a himenópteros com risco de vida.
O tratamento não deve ser realizado em pessoas com asma não controlada, dermatite atópica grave não controlada, grávidas, crianças com menos de 2 anos e com doença alérgica não mediada por IgE.
Além disso, também existe uma contraindicação relativa para doenças auto-imunes, distúrbios psíquicos graves e uso de beta-bloqueadores adrenérgicos.
O tempo de tratamento varia de 3 a 5 anos, mas a melhora pode aparecer nos primeiros meses. Mas, a interrupção precoce do tratamento provoca o retorno dos sintomas.
Até o presente momento, o controle de alérgenos no ambiente e a imunoterapia são os únicos tratamentos que modificam o curso natural de uma doença alérgica, seja prevenindo novas sensibilizações, seja alterando a história natural da doença ou de sua progressão.