Suspeita-se do diagnóstico das Imunodeficiências Primarias sempre que há processos infecciosos graves ou difíceis de tratar e/ou muito frequentes e/ou por agentes infecciosos não comuns.
Febre, sinais de inflamação sem infecções ou doenças autoimunes em crianças pequenas também são sinais de alerta.
SINAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES:
Quatro ou mais otites no último ano;
Duas ou mais pneumonias no último ano;
Estomatites de repetição ou sapinhos na boca por mais de dois meses;
Abscessos de pele ou órgãos internos;
Um episódio de infecção grave (meningite, infecção nos ossos, infecção generalizada);
Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica;
Asma grave ou doença autoimune;
Efeito adverso à BCG e/ou infecção por micobactéria;
Infecções de difícil tratamento, que precisam de internamento para uso de antibióticos pela veia;
História de imunodeficiência primária ou de infecções de repetição na família.
ADULTOS:
Duas ou mais novas otites por ano;
Duas ou mais novas sinusites no período de um ano, na ausência de alergia;
Uma pneumonia por ano;
Diarreia crônica com perda de peso;
Infecções virais de repetição (resfriados, herpes, verrugas);
Uso de antibiótico intravenoso de repetição para tratar infecção;
Abcessos profundos de repetição na pele ou órgãos internos;
Monilíase persistente ou infecção fúngica na pele ou qualquer lugar;
Infecção por micobactéria da tuberculose ou atípica;
História familiar positiva de imunodeficiência.
Na presença de dois ou mais desses sinais, é importante consultar o imunologista. Relate todas as intercorrências, a história clínica deve ser detalhada, incluindo informações sobre os episódios infecciosos (frequência, gravidade, local, duração, etiologia provável, resposta à terapêutica, complicações); calendário vacinal e reações às vacinas atenuadas; história de transfusões anteriores.
O tratamento das IDPs envolve diferentes recursos terapêuticos.