ALERGIA AO SOL.
As fotodermatoses são um grupo de afecções da pele após a exposição solar provocada por uma sensibilidade anormalmente elevada à luz.
É também chamado de erupção cutânea fotoalérgica ou fotoalergia.
Estima-se que 5 a 10% das pessoas sofrem de alergia ao sol. Esta doença afeta principalmente as mulheres, sendo que 95% são jovens de 20 a 35 anos.
As causas são numerosas e variadas; o diagnóstico é feito através uma anamnese (perguntas feitas pelo médico, para investigar as prováveis causas), e de um exame clínico rigoroso com recurso, por vezes, a certos exames complementares tais como a exploração fotobiológica, a histologia cutânea ou exames biológicos específicos.
O tratamento depende da etiologia e o médico especialista indicará qual o melhor para cada caso, mas a fotoproteção é de suma importância no tratamento.
Doenças da pele que podem ser desencadeadas pelo Sol
Os quadros podem ser desencadeados pela luz solar ou mesmo por fontes luminosas artificiais. São várias as doenças incluídas neste grupo e, algumas delas podem ser extremamente incapacitantes, pois exigem total falta de contato com a luz do sol para que seus sintomas não se manifestem.
Erupção polimorfa à luz
De causa desconhecida, é o tipo mais comum de fotodermatose. Pode se iniciar de 2 horas a 5 dias após a exposição solar, atingindo qualquer área da pele exposta ao sol, mas normalmente acomete face e braços. Surgem lesões avermelhadas, pouco elevadas, que variam de tamanho e são acompanhadas por coceira.
Dermatite actínica (solar) crônica
De causa desconhecida, a doença provoca uma intensa reação eczematosa, semelhante às alterações provocadas pela dermatite alérgica de contato. As manifestações ocorrem apenas nas áreas expostas à luz.
O quadro clínico é semelhante ao provocado pela ação de agentes químicos ou medicamentos sensibilizantes, que provocam as chamadas foto-alergias ou foto-dermatites.
Hidroa vaciniforme
Atinge quase que exclusivamente crianças, e tende a melhorar com a puberdade. As lesões atingem principalmente a face, orelhas, colo e dorso das mãos.
Surgem entre algumas horas até 2 dias após a exposição ao sol, com pequenas manchas avermelhadas que evoluem formando vesículas (pequenas bolhas) umbilicadas (com depressão central) na superfície.
Ao regredir, podem deixar cicatrizes semelhantes às da varíola.
Prurigo actínico (solar)
É caracterizada pela presença de lesões elevadas, ou nodulares, com crostas e escoriações, acompanhadas de intensa coceira. Afeta principalmente crianças e adolescentes, mas pode persistir na vida adulta.
O quadro deve ser diferenciado de doenças como prurigo estrófulo (alergia a picadas de insetos) e eczema atópico. Piora no verão e após exposição ao sol.
Urticária solar
Quadro alérgico que surge alguns minutos após a exposição solar, formando placas avermelhadas e elevadas, características das urticárias, acompanhadas de coceira, atingindo as áreas da pele que foram expostas ao sol. As lesões desaparecem espontaneamente em poucas horas.
Fitofotodermatite
Erupção alérgica que surge após a exposição ao sol de áreas da pele que tiveram prévio contato com substâncias sensibilizantes, como sucos de fruta ou plantas e também produtos químicos, como perfumes e refrigerantes.
Formam-se placas avermelhadas e até mesmo bolhas, parecendo uma queimadura e que evoluem para manchas escuras.