Os corticosteróides tópicos têm sido a base do tratamento da dermatite atópica nos últimos
40 anos. A pioneira foi a hidrocortisona e depois disso já cerca de 30 tipos de corticosteróides adicionais licenciados para o tratamento da dermatite atópica.
Paradoxalmente, os corticoides são amplamente indicados no tratamento de doenças alérgicas, no entanto, alguns indivíduos podem desenvolver alergia de contato com uso de
corticoides tópicos, seja pelo princípio ativo ou também pelos excipientes presentes no produto, tais como os parabenos, antibióticos, fragrâncias, etc. Por isso, o diagnóstico
correto de alergia de contato por corticosteroides exige conhecimento, correta indicação e
interpretação do teste de contato e história clínica.
A alergia de contato por corticoides tópicos é um problema emergente, cujo diagnóstico
pode ser complexo devido às características peculiares dos esteróides e os métodos de
diagnóstico, incluindo a concentração e o veículo.
As aplicações tópicas que contêm compostos corticosteróides variam muito em potência.
Em geral, os mais potentes estão associados ao maior risco de efeitos adversos. Quando
um dos corticosteróides tópicos mais potentes é aplicado pela primeira vez por um
paciente com dermatite atópica, é provável que o benefício seja rápido e impressionante,
geralmente resultando na remoção da erupção cutânea dentro de alguns dias.
O problema é que a aplicação persistente de uma preparação potente colocará o paciente
em risco de efeitos locais indesejados na pele, como equimoses, estrias e telangiectasias.
Os sintomas da dermatite de contato podem ser efetivamente gerenciados com o
tratamento. Entretanto, o uso de corticoides precisam ser prescritos pelo especialista e
DEVEM SEGUIR RIGOROSAMENTE a indicação e tempode uso que for prescrita.