Tem se observado um crescimento exponencial de alergias na infância nas últimas décadas, desde aumento na incidência da dermatite atópica como também das alergias alimentares e respiratórias. Apesar da baixíssima mortalidade, observa-se que o impacto na qualidade de vida da criança e da família pode influenciar negativamente em seu desenvolvimento.
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Os episódios relacionados a alergia, especialmente em idade escolar tem se mostrado causa para situações de isolamento e bullying, gerando problemas como ansiedade e depressão nas crianças. Um exemplo muito comum são as crianças com dermatite atópica, que sentem vergonha de mostrar as lesões de eczema por medo do julgamento dos amigos, outra situação de exclusão são as crianças com alergia alimentar que muitas vezes comem sozinhos para não correr riscos, não tendo uma inclusão social.
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Outro exemplo são crianças alérgicas com risco de anafilaxia que tendem a vivenciar o sentimento medo a todo momento. Isso pode levar a criança a um maior risco de desenvolver síndromes de pânico e fobias específicas.
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Outro ponto importante são as rotinas e restrições atípicas vivenciadas pela criança e família, muitas proibições e muitos tratamentos. Dependendo de como a família enfrenta esses assuntos, se com leveza e empatia ou se com sofrimento e ansiedade, isso tende a prejudicar o desenvolvimento e autonomia, relações interpessoais e interação com o mundo a volta da criança alérgica.
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Portanto, é muito importante que haja uma interação entre os profissionais da saúde – família e paciente com a realização de um tratamento multidisciplinar envolvendo o pediatra, o alergista e acompanhamento psicológico na intenção de otimizar a qualidade de vida da criança e maior inclusão no ambiente social.
